Rio avança na vacinação dos grupos prioritários e tem por meta imunizar 90% da população adulta até outubro

Com a divulgação do novo calendário de vacinação para o público em geral, a meta da Prefeitura do Rio é imunizar, até outubro, 90% da população adulta, com pelo menos a primeira dose. Após vacinar, até o fim de maio, os grupos considerados mais vulneráveis (idosos, pessoas com comorbidade, profissionais da saúde, entre outros), a previsão é que em cinco meses, a partir de junho, todos os demais cariocas com 18 anos ou mais tomem a vacina contra a Covid-19. O cronograma completo pode ser acessado no site coronavirus.rio/vacina.

– Vamos mover montanhas para fazer com que esse novo cronograma possa ser cumprido. Todo mundo já foi lá olhar no calendário o dia que vai se vacinar. Queremos voltar a ter réveillon e carnaval, com as pessoas podendo se abraçar. Mas não custa lembrar que isso tudo depende da chegada das vacinas – disse o prefeito Eduardo Paes, na manhã desta sexta-feira (14/05), durante a apresentação do 19º Boletim Epidemiológico, no Centro de Operações Rio (COR), na Cidade Nova.

O prefeito afirmou que continuará a cobrança sobre o Ministério da Saúde toda vez que atrasar a entrega de vacinas ao município. Ele ainda lamentou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a suspensão da vacinação dos profissionais tanto da Educação quanto dos profissionais de limpeza urbana dentro dos grupos prioritários.

– Temos que respeitar a determinação do STF, mas se houver uma decisão que nos permita voltar a priorizá-los, vamos encaixar os profissionais da Educação e os garis, que estão todos os dias nas ruas, no calendário das duas próximas semanas ou ao longo do processo – ressaltou.

O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, ressaltou que a Prefeitura tem cumprido as metas de vacinação dos grupos prioritários desde o início. Por isso, de acordo com ele, é possível concluir o novo calendário divulgado.

– Já trabalhamos com essas metas há muito tempo, só as tornamos, agora, mais transparentes, a pedido do prefeito. O Rio foi uma das primeiras capitais a finalizar a vacinação do grupo de 60 anos – afirmou Soranz.

O novo boletim informou que todas as 33 Regiões Administrativas da cidade estão agora em nível alto de transmissão da doença (na semana passada, 30 estavam em risco muito alto). Os números de casos, óbitos e atendimentos de síndromes gripal e respiratória aguda grave (SRAG) da pandemia também mantêm tendência de queda.

Desde março de 2020, o município do Rio totalizou 295.678 casos de Covid-19, com 25.088 óbitos. Somente em 2021, são 95.669 casos e 6.631 mortes. A taxa de letalidade deste ano está em 6,9%, e a de mortalidade em 99,5 a cada 100 mil habitantes. A incidência da doença é de 1.436,2/100 mil.

Na última semana, 33 novos casos de variantes do vírus foram identificados na cidade, todos moradores locais. Desde a identificação do primeiro registro de novas cepas, são 393 casos no município, sendo 332 residentes. São 322 casos da variante brasileira (P.1) e dez da britânica (B.1.1.7). Dos moradores infectados por essas cepas, 23 faleceram, 12 permanecem internados e 297 já são considerados curados. Dos não moradores do Rio infectados pelas variantes, 25 vieram de Manaus, quatro de Rondônia e 32 de outros municípios.

Medidas de proteção à vida

O Decreto nº 48.845, publicado no dia 7 de maio e que está em vigor até a próxima quinta-feira (20/05), determina que bares, lanchonetes, restaurantes, quiosques da orla e congêneres têm permissão para o consumo apenas para clientes sentados, com distanciamento mínimo de dois metros entre cada conjunto composto por mesa e cadeiras, limitado a oito ocupantes, além de permitir música ao vivo até as 23h. Já nas academias de ginástica, piscinas, centros de treinamento e condicionamento físico podem ter aulas em grupos, com a ocupação dos ambientes limitada a um indivíduo a cada quatro metros quadrados.

Casas de espetáculo, de concerto e de apresentações musicais podem funcionar, desde que mantenham distanciamento mínimo de 1,5 metro entre os participantes, com capacidade de lotação máxima de 40% em locais fechados e 60% em locais abertos, somente com público sentado. As mesmas regras valem para atividades comerciais e de prestação de serviços localizadas no interior de shoppings, centros comerciais e galerias de lojas, bem como para as atividades de museu, biblioteca, cinema, teatro, casa de festa, salão de jogos, circo, recreação infantil, parque de diversões, temáticos e aquáticos, pista de patinação, entretenimento, visitações turísticas, aquários, jardim zoológico, apresentações, drive-in, feiras e congressos, exposição e evento autorizado. A formação de filas de espera e de aglomerações na entrada e saída continua proibida.

Continuam suspensos: o funcionamento de boates, danceterias e salões de dança; a realização de rodas de samba e de festas que necessitem de autorização transitória, em áreas públicas e particulares; e a entrada de ônibus e demais veículos de fretamento no município, exceto aqueles que prestem serviços regulares para funcionários de empresas ou para hotéis, cujos passageiros comprovem, neste caso, reserva de hospedagem.

Vacinação

Até o momento, 1.745.906 pessoas tomaram a primeira dose (D1) da vacina contra a Covid-19 no Rio, representando 25,9% da população carioca. Desse total, 805.695 completaram o esquema vacinal, recebendo também a segunda dose (D2) do imunizante. Um dos primeiros grupos prioritários convocados na campanha de vacinação, 96,7% dos idosos residentes na cidade já tomaram a D1. No último sábado (08/05), o município bateu recorde de imunização em um único dia, quando 73.141 pessoas tomaram doses da vacina.

Até o fim de maio, quando a meta é imunizar 30% de toda a população do Rio com a primeira dose, a vacinação segue prioritária para pessoas com comorbidades (lista PNI); pessoas com deficiência permanente; trabalhadores da saúde; guardas municipais envolvidos diretamente nas ações de combate à Covid-19, ações de vigilância das medidas de distanciamento social em contato direto e constante com o público; pessoas com doença renal crônica; pessoas com síndrome de Down; e gestantes e puérperas com comorbidade, mediante laudo médico com indicação para vacinação e termo de consentimento assinado.

De 1º de junho a 23 de outubro, será reiniciada a imunização do público em geral. O cronograma foi planejado de acordo com a previsão de envio de vacinas divulgada pelo Ministério da Saúde. A manutenção do calendário de vacinação na Cidade do Rio está condicionada à chegada de novas remessas dos imunizantes.

Com a retirada de 71.800 doses de CoronaVac na central de distribuição do estado, a aplicação da segunda dose desta vacina foi retomada nesta sexta-feira (14/05) em pessoas de 65 e 64 anos, profissionais da saúde, e os demais vacinados com D1 entre 5 e 9 de abril. Já na próxima segunda (17/05), será a vez de quem tomou a D1 de 10 a 17 de abril. Há outras entregas de CoronaVac programadas para a próxima semana, que deverão ser suficientes para zerar a espera da D2 dessa vacina. A entregas regulares da AstraZeneca e o recente aporte de doses também da Pfizer têm contribuído para manter o calendário programado de D1 na capital.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) disponibiliza mais de 250 pontos de vacinação na cidade, que funcionam de segunda-feira a sábado. A lista desses pontos, o calendário de vacinação, e mais informações sobre grupos prioritários, documentos, entre outras informações estão disponíveis no site coronavirus.rio/vacina e nas redes sociais oficiais da SMS (@saude_rio).

As vacinas, independentemente do laboratório fabricante, são distribuídas por igual entre os pontos de vacinação, que as aplicam conforme suas programações próprias para cada dia. Todas as vacinas contra a Covid-19 disponíveis no Brasil são comprovadamente eficazes e seguras para todos os públicos convocados na campanha. As pessoas devem ser imunizadas com a vacina disponível no posto no momento em que forem se vacinar, sem distinção ou preferência de fabricante para primeira dose.

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