No Dia da Enfermagem, profissional que trabalha com imunização lembra que vacinar também é cuidar de pacientes

Os profissionais de enfermagem estão na linha de frente do combate à Covid-19, e isso não vale apenas para quem trabalha em hospitais e clínicas, oferecendo cuidados a pacientes. Na Prefeitura do Rio, eles também têm papel fundamental na Superintendência de Vigilância em Saúde, atuando em programas como o de imunização, que leva doses de esperança à população. Gislani Mateus Aguilar, que dá expediente nesse setor da Secretaria Municipal de Saúde, faz parte da equipe que gerencia insumos, pensa na logística de distribuição, mas também pega no braço de cariocas para fazer a vacinação. A história de Gislani é uma homenagem a esses trabalhadores que comemoram nesta quarta-feira (12/05) o Dia Internacional da Enfermagem.

– As pessoas pensam muito no cuidado direto com o paciente, mas a vacinação também é um cuidado. Tanto que, mesmo durante a pandemia, o calendário nunca parou. Enquanto a população era incentivada a ficar em casa, fazíamos o movimento contrário, íamos para as unidades. E, com isso, tivemos que nos reinventar, nos proteger. Não podíamos deixar a cobertura vacinal diminuir – conta Gislani.

Gislani aplica vacina contra a Covid-19 – Arquivo Pessoal

Com o início da imunização contra a Covid-19, esse trabalho ficou ainda mais urgente.

– Perdemos amigos para a doença, vimos muitas pessoas morrendo. Vacinar é salvar vidas. Quando começou a imunização foi a maior comoção, eu me emocionei muitas vezes. Vacinar alguém é um ato de esperança, pró vida. É um trabalho muito árduo de inúmeros enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares. Perdi meu pai ano passado, fico imaginando que ele também poderia receber a dose – diz Gislani, acrescentando que o pai não chegou a ser diagnosticado com Covid, mas a pandemia afetou diretamente a relação entre eles: –  Minha família mora em outro estado, nos víamos regularmente. Mas fiquei seis meses sem encontrar meus pais, para não expor os dois. Ele acabou sofrendo um enfarte, depois minha mãe testou positivo, mas não chegamos a saber se ele foi infectado.

Enfermeira há 12 anos, mestre em Saúde Pública, Gislani passou nove anos da sua carreira trabalhando com saúde da família, prestando assistência a pacientes em Campo Grande e Guaratiba, até chegar à Superintendência de Vigilância. Ela conta que nunca pensou em seguir outra profissão:

– Sempre quis trabalhar com saúde pública. A enfermagem é muito ampla, uma ciência dentro da arte de cuidar.

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