Vigilância Sanitária reforça a importância da compra de medicamento só com prescrição médica

Inspeção em farmácia de manipulação de Copacabana. Foto: Divulgação

Entre as medidas de prevenção ao coronavírus (Covid-19), a Subsecretaria de Vigilância Sanitária do Rio (órgão vinculado à Secretaria Municipal de Saúde) orienta a população sobre a importância de não comprar medicamentos sem prescrição médica. Anúncios de que alguns remédios, como o hidroxicloroquina (para tratamento da malária), podem servir ao combate à doença fizeram crescer expressivamente a demanda do produto em estabelecimentos farmacêuticos, incluindo farmácias de manipulação. Mesmo sem a confirmação da eficiência do medicamento para prevenir ou tratar o novo vírus.

– Não há comprovação científica nem de segurança desse medicamento contra o coronavírus. A pessoa que compra remédios sem prescrição médica corre riscos. Esse produto mesmo tem uma série de efeitos colaterais e pode causar muitos problemas à saúde – alerta Eliane Britto, farmacêutica da Coordenação de Saúde da Vigilância Sanitária.

Na última sexta-feira, 20, a Vigilância Sanitária interditou a farmácia de manipulação da Rua Siqueira Campos, 214, em Copacabana, Zona Sul da cidade, numa ação conjunta com a Delegacia de Defesa do Consumidor (Decon), após denúncia registrada na Central de Atendimento 1746 sobre a venda de um medicamento para tratar o coronavírus. Na vistoria, os fiscais encontraram um produto já embalado, pronto para a entrega ao cliente, com a nota de venda contendo a inscrição “coronavírus 15ml”, mas sem qualquer menção ao Covid-19 no rótulo. Segundo a farmacêutica responsável pelo estabelecimento, era uma formulação para aumentar a imunidade, produzida a pedido de clientes que viram a receita na internet.

A Vigilância Sanitária recomenda a população que denuncie estabelecimentos que estejam vendendo medicamentos com promessas para prevenir ou tratar o coronavírus. O órgão ressalta que, por conta das muitas medidas de prevenção e controle da doença que vêm sendo adotadas no município, precisou readequar suas ações, mas manteve os serviços essenciais, como as inspeções para atender reclamações e outras demandas feitas à Central 1746.

Informações técnicas – Também como ação de orientação sobre a prevenção ao Covid-19, a Vigilância Sanitária criou uma série de informes técnicos para diversos estabelecimentos, como os da área de Saúde, de Alimentação e de serviços funerários, e ainda protocolos para sair e entrar em casa e de convivência com pessoas do grupo de risco, como os que vivem em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs).

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