Prefeitura prorroga medidas de proteção à vida até 10 de maio

A Prefeitura do Rio prorrogou as medidas sanitárias de proteção à vida até o dia 10 de maio, de acordo com o decreto nº 48.809, publicado na edição desta sexta-feira (30/04) do Diário Oficial do Município. Como o número de casos suspeitos de síndrome gripal e de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nas redes de urgência e emergência, que vinha apresentando queda, se estabilizou em um nível ainda alto nos últimos dias, o prefeito Eduardo Paes optou por manter as restrições em vigor. O município segue em alerta no combate à pandemia de Covid-19 e manteve a classificação de risco muito alto.

– A gente nota uma certa estabilizada na curva (do número de casos), mas mantendo um platô bastante alto. Ainda temos uma incidência muito grande de pessoas procurando a nossa rede com sintomas da doença. Estamos longe de uma situação confortável. Por isso, a manutenção das medidas – disse o prefeito, durante a divulgação do 17º Boletim Epidemiológico, no Centro de Operações Rio (COR), nesta sexta-feira.

O município continua em alerta de risco muito alto para a Covid-19 – Beth Santos/Prefeitura do Rio

O prefeito voltou a dizer que as medidas de proteção à vida só terão uma eficácia mais efetiva se houver maior colaboração das pessoas. E voltou a apelar para que as pessoas respeitem as regras e se cuidem.

– O nosso apelo é nesse sentido, não fizemos modificações nesta semana, a gente espera poder voltar a avançar. É um momento de muita conscientização das pessoas, não vou parar de pedir a colaboração da população porque essa é a única maneira que a gente tem de combater o vírus – salientou o prefeito.

Paes frisou que a manutenção das medidas seguiu as recomendações das autoridades sanitárias e de especialistas. Com isso, ficou mantida a ampliação do horário de funcionamento, até 22h, de atividades não-essenciais, como restaurantes, museus, cinema, teatro, clubes esportivos, casas de festas e outros. Após este horário, para restaurantes e afins, funcionamento apenas nas modalidades de drive-thru e take-away, sem atendimento presencial.

Paes seguiu recomendação das autoridades sanitárias para manter medidas – Beth Santos/Prefeitura do Rio

Já as atividades essenciais, como supermercados, farmácias, hospitais e outros, permanecem sem horários pré-estabelecidos. Os estabelecimentos devem seguir limite de público e demais medidas de proteção à vida para a faixa de risco muito alto, estabelecidas na Resolução Conjunta SES/SMS nº 871, tais como capacidade de lotação máxima de 40% em locais fechados e 60% em locais abertos, garantia do distanciamento mínimo de 1,5 metro entre as pessoas, e não permitir a formação de aglomerações em filas de espera.

Segue vetada a permanência nas vias, áreas e praças públicas do município no horário das 23h às 5h. Continuam proibidos, aos sábados, domingos e feriados, a permanência em praias, parques e cachoeiras; além das atividades econômicas na areia das praias, incluindo o comércio ambulante fixo e itinerante.

Também seguem suspensos o funcionamento de boates, danceterias, salões de dança e casas de espetáculo; a realização de eventos, tais como shows, festas e rodas de samba, em áreas públicas e particulares; a entrada de ônibus e demais veículos de fretamento no Município, exceto aqueles que prestem serviços regulares para funcionários de empresas ou para hotéis; a utilização das pistas de rolamento das avenidas Delfim Moreira, Vieira Souto e Atlântica como áreas de lazer.

Mais de 95% dos idosos vacinados

Com a marca de 95,3% dos idosos cariocas vacinados com pelo menos uma dose da vacina e 2.099.505 doses aplicadas em diferentes públicos, a Prefeitura avançou na sua estratégia de imunização dos mais vulneráveis à infecção por coronavírus.

Desde a segunda-feira (26/04), a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) tem vacinado outros grupos prioritários, além dos idosos. A atual fase da campanha contempla, escalonadas por idade, pessoas com comorbidades (listadas pelo PNI e disponíveis em coronavirus.rio/comorbidades), pessoas com deficiência permanente, trabalhadores da saúde, educação, transporte, limpeza urbana, guardas municipais, policiais civis, policiais militares, bombeiros e agentes penitenciários. Gestantes com comorbidades de qualquer idade também têm prioridade na vacinação.

O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, enfatizou a importância de todos se vacinarem, independentemente de informações sobre reações adversas graves, classificadas por ele como fake news.

– O grande risco, agora, é deixar de tomar a vacina. A AstraZeneca é segura, todas as autoridades sanitárias do Brasil têm reforçado isso. A gente faz uma fortíssima vigilância vacinal, de efeitos adversos, na cidade. Já aplicamos dois milhões de doses no Rio, sem nenhuma reação grave – informou Soranz.

Para se vacinar, quem tem comorbidade ou deficiência precisa apresentar, no ponto de vacinação, um laudo ou receita médica atestando sua condição. Os trabalhadores contemplados devem portar documentação relativa à cada profissão que comprove o vínculo profissional ativo. Gestantes com comorbidades devem levar ainda um termo de consentimento da vacinação, disponível no portal coronavirus.rio/vacina.

O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, enfatizou a importância de todos se vacinarem – Beth Santos/Prefeitura do Rio

Até sábado (01/05), a vacinação contra Covid-19 terá alcançado pessoas dos grupos prioritários a partir de 57 anos e profissionais de saúde com 40 anos ou mais.

Tendência de queda nos casos, óbitos e atendimentos

Outra perspectiva positiva apontada pelo 17º Boletim Epidemiológico da Covid-19 é que casos, óbitos e atendimentos de síndromes gripal e respiratória aguda grave (SRAG) nas unidades de urgência e emergência na capital mantêm a tendência de queda.

Desde março de 2020, o município do Rio somou 258.037 casos de Covid-19, com 23.710 óbitos. Somente em 2021 foram 63.536 casos e 5.462 mortes. A taxa de letalidade desde o início da pandemia está em 9,2%, e a de mortalidade em 355,9 a cada 100 mil habitantes. A incidência da doença é de 3.873,6/100 mil. Neste ano, as taxas de letalidade e de mortalidade são, respectivamente, de 8,6% e de 82/100 mil.

Na última semana, um novo caso de variante do vírus em morador local foi identificado na cidade. Desde a identificação do primeiro infectado por novas cepas, são 257 casos no município, sendo 198 residentes. São 190 casos da variante brasileira (P.1) e oito da britânica (B.1.1.7). Dos moradores infectados por essas cepas, 22 faleceram, 15 permanecem internados e 161 já foram considerados curados. Dos não moradores do Rio infectados pelas variantes, 24 vieram de Manaus, quatro de Rondônia e 31 de outros municípios.

Idosos: repescagem para primeira dose e retorno para a segunda

Com 1.458.647 pessoas vacinadas com pelo menos a primeira dose, 21,6% da população carioca deu o passo inicial para a imunização contra a Covid-19. E 640.858 já concluíram o esquema vacinal de duas doses. As primeiras pessoas que tomaram a D1 da Oxford/AstraZeneca ainda em janeiro começaram a receber a D2 na segunda quinzena abril, conforme prazo indicado pelo fabricante, que é de 12 semanas. No momento, a vacina aplicada para D1 na cidade é a Oxford/AstraZeneca.

Já as doses de CoronaVac disponíveis foram reservadas para a D2 de quem já está no prazo para tomá-la. Apenas as pessoas que tomaram a D1 no município do Rio poderão tomar a D2 nas unidades de saúde da cidade. A população deve retornar para a segunda dose, preferencialmente, nos mesmos postos onde tomaram a primeira dose e obrigatoriamente no mesmo município.

Apesar de concluída a etapa dos idosos no cronograma de vacinação, quem tiver 60 anos ou mais e ainda não tomou sequer a primeira dose pode procurar um dos pontos de vacinação o quanto antes, em qualquer dia e local, para garantir sua proteção contra o coronavírus. Um dos reflexos da imunização desse público-alvo é que, no mês de abril, após quedas gradativas desde o início do ano, não foi registrado nenhum surto de Covid-19 em instituições de longa permanência da Cidade do Rio.

Para alcançar a totalidade dos idosos protegidos, agentes comunitários e profissionais da Secretaria Municipal da Saúde realizam busca ativa dos idosos que ainda não tomaram a D1. Aqueles que passaram do prazo de tomar a D2 também sendo contactados. É preciso estar atento à data de retorno à unidade de saúde, que está anotado no comprovante de vacinação, para completar e assegurar a efetividade do esquema vacinal.

Locais de vacinação

A Secretaria Municipal de Saúde disponibiliza mais de 250 pontos de vacinação na cidade. Informações sobre locais, horário, calendário, documentos, etc, estão disponíveis em coronavirus.rio/vacina.

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