Nos últimos 20 dias, a Prefeitura do Rio de Janeiro realizou, por meio da Subsecretaria de Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses, 482 inspeções direcionadas a demandas relativas ao coronavírus (Covid-19) em supermercados, farmácias, hospitais e demais estabelecimentos autorizados a funcionar na cidade. As fiscalizações resultaram em 102 infrações, a maioria, por questões de falta de higiene; falta de dispensadores de sabão e de álcool 70% para a higienização das mãos; aglomeração seguida de funcionamento proibido e falta de uso de equipamentos de proteção individual (EPIs). Entre outras irregularidades, os fiscais flagraram a venda de medicamentos não liberados para tratar o novo vírus, o que implicou na interdição de uma farmácia de manipulação em Copacabana, e a comercialização indevida de álcool gel em um box da Ceasa-RJ, em Irajá, em ações conjuntas com a Delegacia de Defesa do Consumidor (Decon).

As inspeções direcionadas da Vigilância, órgão vinculado à Secretaria Municipal de Saúde (SMS), fazem parte das medidas de enfrentamento da Covid-19 determinadas pelo prefeito Marcelo Crivella no Decreto RIO 47282/20. Elas começaram em 19 de março, feitas por fiscais que integram a equipe do plantão 24 horas mantida para atender a demandas da Central 1746 referentes ao novo vírus. Na última quinta-feira, 2, cumprindo a Resolução SMS 4342/20 de 30 de março, os técnicos passaram a vistoriar também bancos e lojas de conveniência para coibir a aglomeração de pessoas, e banheiros para conferir se normas sanitárias, como a disponibilização de sabão líquido, papel-toalha, lixeira com tampa acionada por pedal para evitar o contato com as mãos e álcool 70% em gel para a higienização das mãos estão sendo atendidas.
– Em cinco dias fizemos 92 inspeções em bancos, lojas de conveniência e banheiros, com as irregularidades resultando em 14 infrações e na emissão de quatro termos de intimação exigindo a limpeza de reservatórios de água e do sistema de climatização. Os problemas mais comuns são mesmo os de inadequações estruturais – destaca o engenheiro João Telles, coordenador de Engenharia da Vigilância, setor que conduz as ações em atendimento à Resolução SMS 4342/20.
Além das vistorias nos estabelecimentos feitas por equipes das coordenações de Fiscalização Sanitária, de Alimentos, de Engenharia e de Saúde, e ainda do Núcleo de Integração de Fiscalização em Ambientes de Trabalho (Nifat), os fiscais reforçam recomendações fundamentais para a prevenção e combate à Covid-19. Nas inspeções em banheiros, eles conferem se há lavatórios com água corrente, dispensadores de sabão líquido e de papel-toalha, lixeiras com tampas acionadas por pedal para evitar o contato com as mãos e ainda álcool 70% em gel para a higienização das mãos. As equipes fazem também ações orientativas, como a fixação de adesivos em locais visíveis dos banheiros com mensagens que alertam para a importância da correta e frequente lavagem das mãos.
– Com a pandemia, o mundo passou a falar na higienização das mãos. Mas a Vigilância trata desse protocolo há anos nos cursos de capacitação de higiene, como o de manipulação de alimentos. E mais: com a contaminação na China, iniciamos nos banheiros do Sambódromo, durante o carnaval, a campanha de adesivos com mensagens que alertam para a importância da lavagem das mãos, prática que ajuda a prevenir a Covid-19 e outras doenças respiratórias e gastrointestinais, como as transmitidas pela manipulação incorreta dos alimentos – explica Flávio Graça, superintendente de Educação da Vigilância Sanitária, reforçando a importância da colaboração da população registrando irregularidades na Central 1746.
Medidas preventivas – Ainda com foco na prevenção de combate da Covid-19, a Vigilância Sanitária vem produzindo boletins informativos com recomendações específicas para a população em geral e estabelecimentos e profissionais de diversos segmentos, como serviço de delivery, hospitais, comunidades terapêuticas e até empresas de serviços funerários. Essas são algumas das áreas contempladas nos 13 volumes já concluídos que reúnem protocolos, normas sanitárias e legislações e estão disponibilizados no site da Vigilância. Confira aqui.