Boletim Epidemiológico revela que Rio continua em risco alto para covid-19, mas fila de espera por leitos foi zerada

coletiva de imprensa
Crédito das fotos: Ricardo Cassiano/Prefeitura do Rio

Prefeito pede que a população não se aglomere no feriado:‘Façam uma celebração diferente, para que a gente possa preservar vidas’

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, fez um novo apelo para que os cariocas evitem e denunciem aglomerações durante o período de Carnaval, ao acompanhar a divulgação do 6º Boletim Epidemiológico da Covid-19, no Centro de Operações (COR), na Cidade Nova, nesta sexta-feira. A apresentação mostrou que pela quarta semana consecutiva a capital fluminense permaneceu na classificação de alto risco, mas que a fila de espera por leitos, que no início de janeiro era de 150 pessoas, foi zerada.

– Chegou a sexta do Carnaval que não vai acontecer. As razões do cancelamento, de termos regras de distanciamento, de não se permitir festas e bailes, têm o único objetivo: o de preservar vidas. Meu apelo aos cariocas é para que, por favor, evitem aglomerações em blocos e festas, porque é assim que as autoridades sanitárias nos recomendam – afirmou o prefeito. 
O prefeito ainda recordou que todos terão várias opções para se divertirem dentro de suas casas. Seja por acompanhar a reprise de desfiles antigos pela televisão, seja por eventos online promovidos por blocos e escolas de samba via redes sociais.

Como as 33 regiões administrativas (RAs) ainda estão em nível alto, as medidas de proteção à vida não se alteram. O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz explicou que apesar de as médias móveis de casos e de óbitos manterem a tendência de queda e a fila por um leito Covid-19 estar zerada, a classificação permaneceu porque estamos no período de Carnaval e pelo fato do surgimento de novas variantes do vírus, apesar de nenhum caso dessa cepa ter sido registrado no Rio.

– A grande maioria das áreas da cidade já poderia estar em risco moderado. Mas têm situações que a gente não pode ignorar que é a questão do carnaval e também da cepa de Manaus circulando. A gente ainda não tem todas as informações sobre ela. Na saúde pública precisamos ter prudência e a opção foi manter todo mundo em risco alto – afirmou o secretário de Saúde.
O boletim epidemiológico mostrou ainda que o Rio registrou 194.497 casos de Covid-19 desde o início da pandemia. O total de óbitos foi de 17.888. A letalidade está em 9,2% e a mortalidade em 268,5/100 mil habitantes. As RAs de Copacabana (V), Centro (II), Lagoa (VI) e Tijuca (VIII) são as que concentram a maior incidência acumulada de casos confirmados da doença. Centro e Lagoa têm as maiores taxas de mortalidade acumulada. 

Mais de 200 mil pessoas vacinadas

O Rio de Janeiro é o município do estado que mais vacinou contra a Covid-19, com tempo médio de espera para a aplicação da vacina inferior a 15 minutos. Já foram aplicadas na cidade 224.389 doses, o que corresponde a 3,33% da população. A Secretaria Municipal de Saúde tem conseguido executar o calendário planejado. Na segunda (15/02) e na terça-feira (16/02), está mantida a imunização de idosos de 84 e 83 anos, respectivamente. Pelo cronograma informado pelo Ministério da Saúde, há previsão de o município receber novas remessas de doses nas duas próximas semanas, com as quais espera manter a programação da vacinação para os próximos grupos prioritários. 
As vacinas para a segunda dose de quem tomou a primeira no início da campanha estão garantidas e começarão a ser aplicadas na semana que vem. As equipes de saúde aproveitarão a terça-feira de carnaval para retornar às instituições de longa permanência, onde aplicarão a segunda dose em idosos que vivem em asilos e pessoas com deficiência institucionalizadas. População indígena e quilombola, além dos profissionais das unidades de Atenção Primária (clínicas da família e centros municipais de saúde) envolvidos na campanha de vacinação também receberão a segunda dose neste dia.
Ainda no dia 16, unidades hospitalares e de pronto atendimento deverão aplicar a segunda dose da vacina nos próprios profissionais que tomaram a primeira dose no local de trabalho em janeiro.

Guia de medidas de proteção à vida

Como a cidade se mantém em risco alto, as medidas de proteção à vida propostas não mudam. Entre elas, estão: limitação da capacidade de lotação de estabelecimentos, alteração nos horários de funcionamento e ampliação das regras de distanciamento em locais fechados, além, é claro, do uso de máscara e álcool em gel para higienizar as mãos.

Para ajudar a população a entender quais são as medidas indicadas para cada faixa de risco, conforme estabelecido na Resolução Conjunta SES/SMS nº 871, de 12 de janeiro de 2021, a Secretaria Municipal de Saúde lançou o “Guia de medidas de proteção à vida”. Disponível para download no site https://coronavirus.rio/, o guia apresenta de forma didática as restrições que devem ser adotadas em cada tipo de estabelecimento quando a faixa de risco estiver moderada (amarela), alta (laranja) ou muito alta (vermelha).

Fila zerada por leito Covid-19

A cidade segue sem nenhum paciente aguardando por mais de 14 horas em unidades de urgência e emergência por leito especializado para síndrome respiratória aguda grave (SRAG), casos suspeitos ou confirmados da doença. Todos os pacientes que deram entrada ao longo desta quinta-feira (11/02) foram direcionados aos leitos Covid-19.
No fim da tarde desta quinta, havia 886 pacientes internados nos leitos da rede SUS (municipais, estaduais, federais ou universitários) para a doença no município, com uma taxa de ocupação média de 73% dos leitos operacionais.

Fiscalização para evitar aglomerações

A Prefeitura mantém intensificadas as ações de fiscalização na cidade para garantir que as normas restritivas de proteção à vida sejam cumpridas. Ações integradas desde o dia 15 de janeiro entre a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), o Instituto de Vigilância Sanitária (Ivisa-Rio), a Guarda Municipal e a Defesa Civil já passaram por 51 bairros, contabilizando 443 inspeções em estabelecimentos, 232 infrações sanitárias e 36 interdições. 

Nesta quinta, foi anunciado o plano logístico de prevenção e combate às aglomerações durante o período de carnaval, cancelado devido à pandemia da Covid-19. Desta sexta-feira (12/02) até o dia 21 de fevereiro, os órgãos municipais (Seop, Ivisa-Rio, Centro de Operações Rio, Guarda Municipal, Secretaria Municipal de Transportes e CET-Rio) farão ações de fiscalização para evitar eventos irregulares que gerem concentração de pessoas. As medidas estão amparadas no Decreto n° 48.500 e na Resolução Conjunta SES/SMS.

De acordo com o artigo 2° do decreto N° 48.500, publicado no último dia 5 em Diário Oficial, estão proibidos, neste período, a concentração e o desfile de escolas de samba e blocos de rua; a concessão de autorização para comércio ambulante temporário e de licenciamento transitório para eventos de blocos carnavalescos; e a entrada na cidade de ônibus e demais veículos fretados, exceto aqueles que prestem serviços regulares para funcionários de empresas ou para hotéis, cujos passageiros comprovem reserva de hospedagem.

Fotos e apresentação da coletiva estão disponíveis no link:https://drive.google.com/drive/folders/1qvDCR-MPPPmUsCW9RCy-LQ9qixEx0Cpl?usp=sharing
Crédito das fotos: Ricardo Cassiano/Prefeitura do Rio

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